Long Tight Winter

<sub>Há muito tempo antes do mundo
haviam três longos grandes reinos
reinos do mundo
mundos de varios mundos..
de tempos sem tempos
(ou perdido entre eles)
de presentes, passados e futuros que se encontravam num só
e de assim de muitos tempos.. foi se uma vez..

e era uma vez..

Havia o reino de Solaris
daquele radiante como a propria luz,
explosivo como suas combustões
claro e expontâneo como as suas reações..
amor e afeto emanavam por todas as manhãs..
doces e acalentadas..
intensas e apaixonadas
fortes
quentes à quarenta graus
por esse reino passei,
reação à primeira vez,
e novamente depois
talvez o caminho mais proximo,
para ele mandei minha folha de papel,
para ele dediquei
deste, uma parte retornou
e por assim ficou..

Solaris... que assim brilhe eternamente, este reino presente...



Havia o reino de Lunaris
doce e suave como o brilho de suas noites.
multiplas faces, lados ocultos por vezes mostrados
revelados a cada fase à seu momento..
do mais profundo conhecimento,
a face escura e nova, o lado lúdico, sem pudor.
brincadeiras diversas neste mundo
um mundo sem rumos..
ou sem rumos profundos
e num belo momento, a face cheia e real, a luz sincera e aberta de todo interior
o reino perdido na poeira do passado, das ruinas de pedra
pelas doces alvoradas banhadas pelas cançoes do vento
e pela luz de sua face brilhante
por aquela metade crescente visivel, aquele sorriso de luar.. sempre crescente
como assim cresceu em mim.
por este reino passei
e por muitas vezes passei e conheci seus interiores
da saga de seus moradores, pacientes por muitos anos, esperançosos, contendo seus prantos..
um povo que então deixou-se de se ocultar,
pelo menos a cada momento certo à cada estação..
para ele mandei minha folha de papel,
dos pedaços, de todos o maior
de todos, o mais interno, o mais intenso
o reino que eu mais mandei
por vezes eu mais mandei
por vezes bastava ver o seu luar
por outras, descobrimos que mais que isso ele não pode nos dar..
dele uma nota recebi
e ela dizia...

ah, quem se importaria?

no final das contas ainda passo por la, quando a face real oculta-se, ou pelo menos uma parte dela
e por aquele meio sorriso de lua, deixo-me levar..
não. devo fechar as portas definitivamente.


Lunaris... que possa mostrar plenamente sua face completa para aqueles que por eras esperam..



E por fim, Eclipsis

O misto
a junção
o completo
o misterioso de todos os lados.
o "tudo numa coisa só", disseram.
não era passado, nem era o presente, era o resultado das coisas no algo aleatorio.
o primeiro reino que vi
(o reino aberto para muitos, mas fechado para si próprio.)

de suas portas e dos seus caminhos encontrei os demais.
De suas portas começei.
Descobri logo aquele lugar de lá que nem mesmos seus moradores não deveriam lidar..
Intenso como aquele, suave como aquele..
inesperado como sua formação no céu.
por este reino passei
e pela segunda vez por la, quase nao saí.
encantei-me por suas paredes
parecia-me sentir seguro por entre seus fortes
estar ali.. ficar ali..
para ele mandei minha folha de papel,
resmas.. quase tantas como pra'quele outro reino.
seu lado obscuro parecia-me fazer fechar meus olhos
sua coroa de luz envolvia-me, queimava-me.
mas pude fugir de lá pouco antes da invasão.


talvez hoje este reino pense que deixei suas terras por não gostá-lo mais
mas por gostar demais
nós queremos mais..
seu rei leu a minha folha de papel.
e pareceu entender o que dizia aquela folha em branco (assim, como sempre está)


Eclipsis... o futuro indeterminado, o rolar de dados, o jogar pros lados..
que aquela junção dos 'ambos' possa realmente te completar..


por estes reinos passei
para estes reinos mandei minha folha de papel..


um pobre Pierre palhaço, vivendo sua sina circular ao quadrado
artista para o mundo, conhecedor para os mundos..
que do mundo deseja o 'algo'
um 'algo' pequeno que seja
que possa por algum momento que seja
responder as suas folhas jogadas no ar.. (outrora amassadas, como sempre, ignoradas e jogadas fora)
corresponder com letras reais seus sentimentos jogados ao léu.

que possa, por algum - mesmo que breve momento - preencher aquele buraco
daquele pobre coração, sonhador, de papel.




Que eles voem pelo mundo..
"criando mais de cem, seu desejo se torna real" não é o que dizem?
que depois dessas milhares de folhas gastas pelo mundo
cansadas, e agora sem cor..
ainda exista algum resto de tinta pelo mundo
com alguem,
que possa algum dia preencher
aquele buraco interior.


.......e assim, com aquela voz, seguiremos em frente..




"Você irá, onde quer que seja, você irá hoje.."
"Você irá hoje...."


"Você irá... onde quer que seja..
onde quer que seja...


você irá hoje..."






Long, a long lonely path every day, tight, like this I let my hand as a pray, for that my life's winter can go away...
Long Tight Winter..
Like that was... like this wars, (maybe inner wars? maybe fate wars)
Long Tight Winter
Hope someday a warm season can I find...
anyday, anytime.. anywhere..


"You go..
wherever you go today..
you go today..."







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Based on 'Mykonnos' from 'Fleet Foxes'</sub> [link]

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.. e finalmente posso fechar 2009.